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Quanto vale a UPE pra você?

Pra nós, vale muito.

Vale a participação de todos na luta por uma UPE democrática, popular, gratuita e autônoma. De todos aqueles sindicatos que foram esquecidos pela UEP (União dos Estudantes de Pernambuco), de todos os Diretórios Acadêmicos que lutam em seus campi e de todos os Centros Acadêmicos que buscam, a cada dia, uma melhorara significativa para seu curso e em suas executivas. Pra todos esses, esquecidos da UEP, vale muito.

E pra UEP, vale o que?

Quando a UEP afirma que Eduardo Campos é “amigo” da UPE é de estremecer qualquer militante, qualquer servidor que luta por melhorias no sistema público, qualquer daqueles que são da saúde que está prestes a privatizar... Todos esses não sentem o mesmo afeto e apreço pelo nosso digníssimo governador, como ora ressalta a UEP.

Lamentavelmente a postura da UEP vai à contramão de TODO o conjunto de sindicatos e entidades representativas que acreditam numa UPE autônoma e gratuita, segregando o movimento e querendo levar a reboque os verdadeiros lutadores que não tem palanque à montar no próximo período. Sempre eleitoreira, a direção majoritária da UEP, que fique claro “Da Unidade vai nascer a Novidade” (UJS/PCdoB), ignora a toda hora a construção coletiva e a participação de todos aqueles e aquelas que historicamente levantam as bandeiras históricas de luta da Universidade de Pernambuco. Esse mesmo grupo aliado ao governo do Estado, aparelha e destrói qualquer possibilidade dos estudantes se unirem em proposições que sejam, de fato e de direito, respaldada pelo conjunto do movimento estudantil. Esse enfraquecimento/esgotamento no Movimento Estudantil é reflexo dessa direção que não nos “UNE”, nem nos “REUNE” e muito menos trava as lutas cotidianas. Uma direção que esquece, que pouco tempo atrás o GOVERNO através da SECTMA, se negava a ouvir a UPE, e que hoje tem escutado, porém, não tem sinalizado resolver o problema da nossa Universidade, com financiamento digno de uma instituição que se propõe a contribuir com o desenvolvimento do nosso estado.

Teoria sem pratica não transforma nenhuma realidade, e os militantes de outrora, hoje, Governadores, Secretarias, chefes de gabinete, entre outros cargos que dispõem de canetas e possibilidades de assinar leis, negam sua própria historia, entrado pra o amplo time dos que escrevem as contradições da política.

Pernambuco vive um momento importante de sua história com aumento de investimentos Federais(vide a refinaria), porém, se os movimentos sociais não pressionarem este será mais um ciclo de desenvolvimento exclusivo das elites. Por isso é fundamental que a UEP assuma desde já uma postura autônoma e crítica em relação ao governo estadual e que, só assim, agregue e faça da entidade uma instituição plural, e não um braço que direciona apenas pra um lado, e não é o lado da luta comum dos estudantes.

Em suma, pra UEP deve ser trampolim político.

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