Na semana passada, a tarifa do transporte coletivo da cidade de Petrolina – que já era excessivamente alta, tanto em relação à média de “quilômetros rodados”, como quanto ao valor cobrado nas capitais brasileiras – aumentou.
A empresa que, há uns cinqüenta anos monopoliza o serviço na região, enriquece à custa da exploração da população, sonegação de impostos..., alega que o lucro não é suficiente, pelo aumento de passageiros com meia entrada e pelo serviço de mototáxi na região. O que nos intriga é que os ônibus sempre estão superlotados, o valor da tarifa já é um absurdo, e o itinerário das linhas é relativamente pequeno quando comparado a outras realidades, além de não pagar os salários dos funcionários a quase três meses.
O fato é que, quando se afirma que moramos em uma região democrática, mas é negado ao povo, principalmente trabalhadores (as) e estudantes, o direito de ir e vir, de modo que, quando em público vão reclamar e reivindicar para que a lei, não somente esteja do lado da elite empresarial (aqueles que sempre tiveram tudo), mas do lado do povo (aqueles que nunca tiveram nada) são tachados de vândalos, marginais... quando não são espancados. Portanto, não pode ser democrática e, sim um regime de ditadura capitalista, imposta pela elite e legitimada pelo Estado.
O Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Pernambuco (DCE-UPE), que tem acompanhado os debates na câmara de vereadores, tem solicitado esclarecimentos do município, através da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), acompanhado o processo nº 08.7807-8 na Vara da Fazenda, vem, por meio deste, manifestar repúdio a essa exploração, na defesa dos estudantes contra a Setranvasf, contra as empresas, contra o Estado e contra o capital.